segunda-feira, 27 de julho de 2015

Conversas de Café - Denzel Washington, topo ou só fixe?

É dos actores mais "queridos" e mais fáceis de gostar no Cinema... Tem Filmes porreiros, uns mais que outros, papéis meio histéricos pelo meio que dão show e que são muitas vezes "cool".

Há uns anos adorava-o... achava o gajo o máximo... com o tempo comecei a desconfiar e hoje em dia acho-o um gajo porreiro, mas LONGE de ser um actor de topo... quando digo longe, é mesmo tipo longe... como aquelas terras em que ainda temos lá família e odiamos lá ir porque é LONGE!

Tem papéis bons, de quem obviamente não é mau... mas nem sei se está numa camada B de actores, mais facilmente o meto na camada C junto de gajos como o Ethan Hawke ou o Clive Owen, e isto só citando malta que contracenou com ele nos melhores filmes em que entrou.

Por falar nisso:

Os melhores papéis: 
1- American Gangster
2- Training Day
3- Inside Man
4- Malcolm X

Melhores Filmes:
1- Inside Man
2- American Gangster

Acham-no um actor fixe, ou um gajo de topo?

Se ele fosse um Filme, que Filme seria?

- Eu acho que ele era um daqueles Filmes muito comerciais, porreiros de se ver, que não acrescentam grande coisa mas que gostamos... e que se tiver a dar na TV ficamos a ver... King's Speech? A Few Good Man? (este até dá para escrever um Guilty Pleasure...).

quinta-feira, 2 de julho de 2015

The Salt of the Earth



Realizador: Juliano Ribeiro SalgadoWim Wenders
Argumento: Juliano Ribeiro SalgadoWim Wenders, David Rosier

Este documentário sobre o Sebastião Salgado é quase perfeito, seria mesmo perfeito se o filho não se perdesse a dada altura com a tentativa de retratar um pouco a relação deles, as dificuldades que tiveram e os progressos que fizeram... Em conversa com amigos sobre o tema parece que surge uma opinião unânime: Se fosse o Wim Wenders a fazer tudo, era melhor...

Este Homem tem uma história de vida quase única, poucos conseguiram ver o que ele viu, viver o que ele viveu, sentir na pele o lado mais negro do nosso mundo, ver os cantos mais maravilhosos que a natureza nos dá... Tudo... Daqueles que pode dizer "pronto malta, já chega... já vi tudo... venha o próximo".

Mas não disse... continua cá, continua a fazer coisas surpreendentes e a criar inveja projecto atrás de projecto. Uma vida cheia, cheia de tudo um pouco que o fez abdicar de muita coisa, que o fez perder o crescimento dos filhos, que o fez estar longe muito tempo, que o fez arriscar muito e também encher-se do que o mundo tem para dar, preenchendo-o como poucas pessoas poderão dizer que conseguiram.

As fotografias são conhecidas e estrondosas, aqui não há novidades e aproveitem para ir ver a exposição na Cordoaria Nacional que está lá até Agosto... (eu ainda não fui, mas o JP já e diz ser até melhor que o documentário).

Depois o filho tenta mostrar um lado mais familiar e pessoal do fotógrafo, mas essa fase do Filme deixa muito a desejar... não tem a intensidade necessária nem sequer tem o conteúdo necessário. Era interessante ter este aspecto bem retratado no Filme, mas não foi de todo um sucesso... Tirando a parte do projecto pessoal final, onde ele recupera a herdade da Família... é um trabalho avassalador e que dará frutos (literalmente) durante muitos anos...

Mais do que a pessoa conhecemos aqui a obra, os caminhos que seguiu e tanto vemos umas viagens meio repentinas aos poços em chamas no Kuwait, como 2 e 3 anos de vida junto a povos inteiros em fuga da guerra, da fome, da doença e da miséria, que dá vida ao projecto "Êxodos"... acabando no exponente máximo que temos para nos presentear: a natureza... cantos e recantos inacreditáveis que são a base da obra "Génesis".

Enfim, é imperdível de tão rico... desde nos sentirmos absurdos em estar atrás de um computador o dia inteiro, passando por sentir que é mesmo difícil deixar uma pegada neste mundo, acabando por querer devorar o que este planeta criou por si sem que nós pedíssemos nada...

Uma maravilha.


Golpes Altos: As fotografias... as experiências que teve.

Golpes Baixos: A tentativa quase a martelo de colocar a relação com o filho no Filme.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Inside Out



Realizador: Pete DocterRonaldo Del Carmen
Argumento: Pete Docter, Ronaldo Del Carmen (história), Meg LeFauve, Josh Cooley, Pete Docter (adaptação)
Vozes: Amy Poehler, Phyllis Smith, Bill Hader, Lewis Black, Mindy Kaling, Kaitlyn Dias

Pixar... é incrível o que este universo criativo consegue construir projecto atrás de projecto... Deve ser dos sítios mais giros para trabalhar no mundo, isto tendo em conta o lado romântico do resultado final. 

Mais um Filme estrondoso, um dos melhores deles até hoje... Quem pensava que com a Disney ao barulho eles pudessem perder gás, engane-se... Mais uma missão cumprida. 

Um Filme que retrata o que se passa dentro da cabeça de um dos personagens principais, como se de um universo paralelo se tratasse, super complexo e com personagens que retratam as emoções mais primárias, que conduzem o estado emocional dessa pessoa... mas conduzem mesmo, com uma consola cheia de comandos, que vão aumentando à medida que a personagem cresce, tornando-se mais complexa. 

O que acho mais incrível nestes Filmes são os pormenores... a facilidade (ou não) com que parece que se lembram de TUDO fazendo-nos identificar ponto a ponto com esses detalhes, porque já os vivemos, porque já os pensámos, porque já não nos lembramos deles ou porque nos lembramos sempre deles... 

A estrutura do Filme é perfeita... nada falha... evolui como tem de evoluir, parece que vai partir quando temos de desacreditar, fortalece-se quando é esse o melhor caminho, tudo... 

E depois há os créditos finais... a cereja do costume em cima de um bolo por si só mais que guloso. 

Chorei a rir, limpei literalmente lágrimas a ver o Filme... nem sequer me lembro da última vez que isto possa ter acontecido, não me lembro sequer se alguma vez aconteceu... entrei em ebulição e a sala também, já que no final muita gente decidiu bater palmas... sim, palmas... e se o Filme as merecia... 

Isto dará pano para mangas num post sobre o tema, mas este passou para o Top3 de animação para mim...


Golpes Altos: Pormenores... é mesmo incrível o detalhe que conseguem ter... 

Golpes Baixos: Podiam explorar mais durante o Filme as cabeças alheias... mas podia confundir o foco principal. 


PS: nota para a curta "Lava" que antecede o Filme: é das mais "fofinhas" (acho que é mesmo o termo) que já escreveram, embora não seja das melhores.