terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
The Theory of Everything
Realizador: James Marsh
Argumento: Anthony McCarten (adaptação), Jane Hawking (livro)
Actores: Eddie Redmayne, Felicity Jones
Há histórias de conquistas e derrotas que têm de ser contadas... Quem atirou a 1ª pedra até foi a mulher do protagonista, que escreveu um livro sobre ele e sobretudo sobre eles, agora adaptado de forma coerente e simples.
O Stephen Hawking é um personagem incontornável das gerações próximas da nossa... Um génio pensador com uma notável retórica, mesmo falando através de um computador. Com descobertas e redescobertas cientificas na área da cosmologia, marcou o seu estatuto de forma cabal junto de todos os outros génios pensadores, de agora e do passado.
Mas este Filme passa pelo seu trajecto profissional levemente... não é o foco... o foco é a relação com a mulher, o foco é o amor no seu estado mais puro, o foco é a força de uma mulher, a força de uma família e a vontade de fazer dos seus dias, o melhor possível.
Uma entrega total, absoluta... uma vivência onde só a derrota estava prevista, mas que uma mulher de armas nunca aceitou, nunca se deu por vencida e nunca seguiu o caminho mais fácil, o dela sem ele.
Atravessar com ele a degradação do seu estado de saúde, atravessar com ele as piores expectativas de prazos de vida, vencendo-as, atravessar com ele a opinião alheia por vezes tão demolidora, enfrentar as mudanças, os filhos, as boas ideias, as más ideias... tudo... no fundo, atravessar com ele a vida, de mão dada.
O final da história não muda nada, rigorosamente nada... as lutas não deixaram de existir, as conquistas também não, a opinião alheia continua a surgir, bem como a chegada de mais membros da família, mais vida... Uma ligação destas nunca acaba, seja de que forma decidir continuar a existir.
Todo o filme é bonito e muito bem interpretado. Redmayne está incorrigível, mas penso que a belíssima Felicity Jones não lhe fica nada atrás... Interpretações intensas, que amadurecem com o filme e ganham uma dimensão monstruosa.
Não vai ficar na história, nem sequer o nomeava para melhor Filme com uma lista de 10 ou 20 possíveis, mas é uma história bonita, muito bem contada, que vale a pena ver. Não sairão desiludidos da sala, até porque não acredito que tenham as maiores expectativas.
Vejam o Filme. O James Marsh sabe contar histórias, o melhor exemplo será o Man on Wire, ele que se dedicou maioritariamente a documentários, aqui eleva o "tom" documental para algo mais perto de uma homenagem a uma bonita história de Amor.
Golpes Altos: Interpretações, História, Podermos acreditar que este Amor ainda existe.
Golpes Baixos: A lenga-lenga de Deus (incontornável por foi importante na história deles), a precipitação de algumas evoluções da história, com alguns saltos...
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Tenho a dizer que depois de ver o filme pensei "Damn... Haverá muito poucas mulheres com esta fibra..."...
ResponderEliminarAdorei o filme, e ao contrário de ti não me choca que ele esteja na lista dos melhores porque acho-o completo o suficiente para isso! (Mas nem adianta falar dessa lista porque ao longo do ano há muito filme que fica esquecido pelas luzes da ribalta...)
"Redmayne está incorrigível, mas penso que a belíssima Felicity Jones não lhe fica nada atrás..."
Acho que a interpretação de um acaba por puxar pela do outro! E há cenas em que se nota bastante isso, por exemplo, a cena em ele começa a jogar cricket e ela fica a ver, acho que é uma das cenas mais intensas do filme e a expressividade com que ambos a interpretam está excelente!