domingo, 20 de janeiro de 2013

The Sessions



Realizador: Ben Lewin
Argumento: Ben Lewin
Actores: John Hawkes, Helen Hunt, William H. Macy

O Mark O'Brian é o meu herói, ou então o Ben Lewin aligeirou a coisa (Polaco, gordo e careca... antes isso que pedófilo). O humor constante do homem que só pode viver 4h por dia fora de uma autêntica máquina do tempo metálica que o ajuda a respirar, é no mínimo contagiante. O gajo tem piada, por vezes tem muita piada, é charmoso, goza com ele próprio... que maravilha!

É daqueles filmes que um realizador preguiçoso ou sem grande calibre não tem que se preocupar muito. O filme consegue viver por si, pela história e pelo elenco de grande qualidade que acabou por ser escolhido. Só pela excelente escolha já merece o meu voto de confiança para outra aventura.
Este tipo de filme vive das suas interpretações e por isso vamos a elas:

- Para mim o William H. Macy é um actor-secundário de alto gabarito, daqueles na linha do Seymour Hoffman (o maior...) que dá um sumo aos filmes onde entra com uma facilidade assinalável. Um padre com sentido de humor (não sabia que existiam), muito sincero e que sabe bem como separar as águas quanto tem de intervir.
- O John Hawkes fez uma escolha de papéis bastante diversificada na carreira dele, destaque para o seu papel num filme que gosto muito, o Me and you and everyone we know, e aqui abraça um projecto que lhe pode dar uma mãozinha para ir aparecendo em produções mais ambiciosas. Ele neste papel consegue de facto dar uma vida a este corpo morto. Muito bom humor, muito coerente e acima de tudo muito capaz. Gosto de fazer aquele exercício de "quem vias a fazer este papel?" e depois de o ver não sei se alguém o faria tão bem.
- Helen Hunt... oh Helen Hunt... Uma vida toda para te ver nua e tenho de o ver com uns 10 anos de atraso? Ok, corpo fantástico para uma mulher de 50 anos mas... podias ter feito isso há mais tempo!
Outra coisa... qual é o teu problema com pessoas "especiais" na vida das tuas personagens?
1- Mãe de um puto cheio de problemas com asma e amante de um maníaco no As Good As it Gets.
2- Mãe de um puto "especial" meio autista no Pay it Forward.
3- Mulher de um Náufrago que passou meses sozinho numa ilha no Cast Away.
4- Amante de um gajo que ouve o que as mulheres pensam no What Women Want.
5- Escorpião de Jade (é do Woody Allen, ninguém é normal num filme do Woody Allen...).

E agora és terapeuta sexual de deficientes? (quero realçar que não fazia ideia que havia esta profissão, se calhar é por isto que há tão pouco desemprego nos EUA... é que inventam tudo para profissionalizar)

A sério, que fez esta mulher para merecer isto? Não pode ser uma dona de casa normal? Não pode ter uma família feliz? É que até já foi apaixonada por um taradinho por Tornados no Twister!

Bom, depois deste Fait-Diver demasiado grande, ela aqui faz um papelão e o conforto que tem com a nudez à frente das lentes do realizador é incrível. Tenho dificuldade em enunciar actrizes que destaque de todas as outras mas esta pertence mesmo a esse grupinho.

Bom filme, não é de todo um GRANDE filme mas diria para irem ver que vão passar um bom bocado.

Golpes Altos - Excelentes interpretações.
Golpes Baixos - Nudez com 10 anos de atraso e uma realização sem esforço.

1 comentário:

  1. A Helen Hunt quando ficava nua em frente à câmara sustinha a respiração e dizia assim com os olhos e o corpo todo: “ Estou nua… Estão a ver?! Estou completamente nua… e sinto-me terrivelmente desconfortável com isto…Ai ai… vamos lá continuar então a fazer esta coisa...ughhh ”

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