Realização: Shane Black
Argumento: Shane Black e Drew Pearce
Elenco: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow e Guy Pearce
Repitam estas palavras, encaixem-nas bem: 'Melhor Marvel de Sempre!'. Duvidam? Pois digo-vos que, se o mundo dos comics conheceu uma fase negra no grande ecrã, agora renasceu. Eu sei que quando digo comics tenho que falar do Universo DC e outros que tal, mas agora estou a referir-me à desgraça da trilogia Spider-Man, ao cataclismo da saga X-Men, ao terrível Daredevil, à merda do Fantastic Four, ao subaproveitamento da personagem do Silver Surfer, ao Hulk do paneleiro, ao Hulk da favela e a tudo, tudo o que o Hugh Jackman fez, faz ou alguma vez fará. Foi um período negro, sem dúvida.
Mas eis que chega Jon Favreau. Favreau começou a sua carreira em Hollywood como actor "terciário" em filmes de relativa importância, mas cedo evoluiu para comédias a dois com o seu amigo de longa data Vince Vaughn. Juntos, Favreau e Vaughn foram um sucesso nos anos '90. Passa o milénio, e Favreau decide aventurar-se pela realização - o resultado, foi a comédia de sucesso Made com a presença, uma vez mais, do seu amigo Vaughn. Mas tudo isto era brincadeira de criança - filmes pouco trabalhosos, experimentais, nada de grandes estúdios, nada de grandes produções. Mas Favreau teve sonhos mais altos - quis reinventar a forma como se filmavam heróis de banda desenhada. Foi então que um realizador inexperiente (Favreau), se juntou a um actor renegado (Downey Jr) e decidiu adaptar um dos heróis menos populares do universo principal da Marvel (Iron Man). E o resultado, foi o momento de viragem mais importante da história da indústria dos quadradinhos.
Ao sucesso de Iron Man, seguiu-se o sucesso de Iron Man 2, e depois Thor, Captain America, o projecto Avengers e a reinvenção do Spider-Man e, agora, deu-se o segundo momento de viragem - Favreau encostou à box e delegou o menino dos seus olhos para a mão de Shane Black. Mais um realizador/escritor renegado, que transformou esta saga sobre um herói egocêntrico e sem poderes, numa personagem ultra-complexa, ultra-interessante, cheia de crises de ansiedade, piadas sarcásticas e dilemas (a)morais. O que faz de Iron Man o melhor Marvel do cinema, é o que Favreau e Downey Jr fizeram de Tony Stark. Se nos outros dois filmes Tony já tinha ameaçado "nacionalizar a defesa nacional", neste filme põe os interesses do país de lado para perseguir vingança pessoal, goza com a mudança do nome de War Machine para Iron Patriot, e o filme transforma-se numa enorme crítica aos EUA, à forma como criam terroristas e lhes dão uma cara para satisfazer o público, a forma como deixam o lobby das armas reinar sobre a política, e ainda alerta para o perigo da ciência e da evolução pela cobiça e fraqueza do Homem. E a parte mais incrível, é que junta tudo isto a acção sem limites (e de grande, grande qualidade), intercalada com momentos cómicos do melhor que se faz em cinema e uma profundidade moral e humana que assusta num filme deste género.
Os super-heróis são a mitologia do séc. XX. Depois de Homero, veio Stan Lee. Depois de Ulisses, veio o Super Homem. A banda desenhada foi feita para nos ensinar bons valores morais, nos aspirar a ser melhores humanos, nos incutir sentido de responsabilidade pelas nossas acções e pelas acções do mundo à nossa volta. Eu cresci rodeado de super-heróis, gastava os meus escudos na papelaria em frente a minha casa todas as semanas, deixava-os fazerem-me companhia quando o mundo lá fora parecia mais frio e injusto, com falta de heróis que pudéssemos amar e respeitar, deixando-os moldar a nossa personalidade à sua figura. Agora, 15 anos mais tarde, percebo que os super-heróis me continuam a educar. Ontem, Tony Stark mostrou-me que um herói também tem ataques de pânico, também toma más decisões, também deixa o seu ego sobrepor-se a tudo o resto. Ontem, Tony Stark mostrou-me que, de ferro ou de carne, um homem constrói-se devagar, com paciência, peça a peça, limando arestas, aperfeiçoando virtudes e nunca deixando os monstros do nosso passado vencerem os heróis do nosso futuro.
Golpes Altos: Cenas de acção, cenas cómicas. Robert Downey Jr. está incrível, como sempre. Gwyneth Paltrow com muito pouca roupa(!), 10 fatos de Iron Man diferentes. Conclusão épica para um herói que ainda tem muito a dar.
Golpes Baixos: Não podiam ter escolhido um puto mais fixe?!
Argumento: Shane Black e Drew Pearce
Elenco: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow e Guy Pearce
Repitam estas palavras, encaixem-nas bem: 'Melhor Marvel de Sempre!'. Duvidam? Pois digo-vos que, se o mundo dos comics conheceu uma fase negra no grande ecrã, agora renasceu. Eu sei que quando digo comics tenho que falar do Universo DC e outros que tal, mas agora estou a referir-me à desgraça da trilogia Spider-Man, ao cataclismo da saga X-Men, ao terrível Daredevil, à merda do Fantastic Four, ao subaproveitamento da personagem do Silver Surfer, ao Hulk do paneleiro, ao Hulk da favela e a tudo, tudo o que o Hugh Jackman fez, faz ou alguma vez fará. Foi um período negro, sem dúvida.
Mas eis que chega Jon Favreau. Favreau começou a sua carreira em Hollywood como actor "terciário" em filmes de relativa importância, mas cedo evoluiu para comédias a dois com o seu amigo de longa data Vince Vaughn. Juntos, Favreau e Vaughn foram um sucesso nos anos '90. Passa o milénio, e Favreau decide aventurar-se pela realização - o resultado, foi a comédia de sucesso Made com a presença, uma vez mais, do seu amigo Vaughn. Mas tudo isto era brincadeira de criança - filmes pouco trabalhosos, experimentais, nada de grandes estúdios, nada de grandes produções. Mas Favreau teve sonhos mais altos - quis reinventar a forma como se filmavam heróis de banda desenhada. Foi então que um realizador inexperiente (Favreau), se juntou a um actor renegado (Downey Jr) e decidiu adaptar um dos heróis menos populares do universo principal da Marvel (Iron Man). E o resultado, foi o momento de viragem mais importante da história da indústria dos quadradinhos.
Ao sucesso de Iron Man, seguiu-se o sucesso de Iron Man 2, e depois Thor, Captain America, o projecto Avengers e a reinvenção do Spider-Man e, agora, deu-se o segundo momento de viragem - Favreau encostou à box e delegou o menino dos seus olhos para a mão de Shane Black. Mais um realizador/escritor renegado, que transformou esta saga sobre um herói egocêntrico e sem poderes, numa personagem ultra-complexa, ultra-interessante, cheia de crises de ansiedade, piadas sarcásticas e dilemas (a)morais. O que faz de Iron Man o melhor Marvel do cinema, é o que Favreau e Downey Jr fizeram de Tony Stark. Se nos outros dois filmes Tony já tinha ameaçado "nacionalizar a defesa nacional", neste filme põe os interesses do país de lado para perseguir vingança pessoal, goza com a mudança do nome de War Machine para Iron Patriot, e o filme transforma-se numa enorme crítica aos EUA, à forma como criam terroristas e lhes dão uma cara para satisfazer o público, a forma como deixam o lobby das armas reinar sobre a política, e ainda alerta para o perigo da ciência e da evolução pela cobiça e fraqueza do Homem. E a parte mais incrível, é que junta tudo isto a acção sem limites (e de grande, grande qualidade), intercalada com momentos cómicos do melhor que se faz em cinema e uma profundidade moral e humana que assusta num filme deste género.
Os super-heróis são a mitologia do séc. XX. Depois de Homero, veio Stan Lee. Depois de Ulisses, veio o Super Homem. A banda desenhada foi feita para nos ensinar bons valores morais, nos aspirar a ser melhores humanos, nos incutir sentido de responsabilidade pelas nossas acções e pelas acções do mundo à nossa volta. Eu cresci rodeado de super-heróis, gastava os meus escudos na papelaria em frente a minha casa todas as semanas, deixava-os fazerem-me companhia quando o mundo lá fora parecia mais frio e injusto, com falta de heróis que pudéssemos amar e respeitar, deixando-os moldar a nossa personalidade à sua figura. Agora, 15 anos mais tarde, percebo que os super-heróis me continuam a educar. Ontem, Tony Stark mostrou-me que um herói também tem ataques de pânico, também toma más decisões, também deixa o seu ego sobrepor-se a tudo o resto. Ontem, Tony Stark mostrou-me que, de ferro ou de carne, um homem constrói-se devagar, com paciência, peça a peça, limando arestas, aperfeiçoando virtudes e nunca deixando os monstros do nosso passado vencerem os heróis do nosso futuro.
Golpes Altos: Cenas de acção, cenas cómicas. Robert Downey Jr. está incrível, como sempre. Gwyneth Paltrow com muito pouca roupa(!), 10 fatos de Iron Man diferentes. Conclusão épica para um herói que ainda tem muito a dar.
Golpes Baixos: Não podiam ter escolhido um puto mais fixe?!
1º Eu adoro o Robert Downey Jr.
ResponderEliminarAcho que muito poucos atores fariam estes filmes do Iron Man tão bem quanto ele. Aquele toque de humor com seriedade é brutal.
Confesso que não gostei tanto do Iron Man 2. Adorei o 1º e adorei este.
Achei que na parte do puto, ele não estava tão mal como isso, apenas que o argumento quis apressar um bocado as coisas e ele entrou um bocado à força na história. Achei essa parte mal conseguida.
De resto, gostei, terminando com o fantástico protocolo "House Party". looool
Agora é esperar pelo Director's Cut disto!
ResponderEliminarEu gostei mais do 2º que do 1º. Aliás, acho que tem sido crescente. A parte do puto foi um bocado à força, sim, mas o resto está perfeito!
ResponderEliminarQuanto ao Director's Cut, venha que eu via mais 2 horas na boa!
Está no programa para hoje à noite!
ResponderEliminarConcordo com tudo o que disseste sobre os filmes baseados nos comic books, menos com a parte dos X-Men. É verdade que podiam ter sido bem melhores, mas acho que o papel de Wolverine encaixa bem no Jackman e estou curiosa para o que vem aí!(ok, sou suspeita que tenho há muitos anos uma certa pancada pelos x-men... ainda assim...)
Ahh, e achei o Thor fraquinho, esperava mais do filme. :(
O problema do Wolverine e dos X-Men ultrapassa o Hugh Jackman, na minha opinião. E, na minha opinião, uma coisa que consiga ter mais problemas do que o Hugh Jackman é só por si, tem lugar nos bottom ten filmes de sempre. Eu sempre amei os X-Men, mais uma razão para odiar os fatos pretos de cabedal, o Magneto de 80 anos, a Rogue que de repente faz o papel da Jubilee, o Beast que parece um troll daqueles que tinhamos quando eramos putos e enfim... a falta de gosto geral na construção do guião. E depois vieram os 'First Class' e, se a coisa já ia mal, estes dois últimos foram a gota de água. O Thor, por outro lado, é um filme com um bom argumento, bem interpretado e feito com bom gosto. Não é espectacular, mas cumpre os requisitos. (para mim, claro :P)
ResponderEliminarGanhaste um ódio de estimação aos filmes, ok! xD
ResponderEliminarQuanto ao Iron Man 3, que filme! Sem dúvida o melhor dos três, nunca esperei ver tão boa acção e comédia à mistura num filme. E o papelinho do Ben Kingsley, que riso! :)
O Ben Kingsley 'tá espectacular! Nunca o pensei ver assim, mesmo!
ResponderEliminarTambém não adoro o Jackman mas é curioso o facto de dividir protagonismo no meu Nolan preferido, The Prestige. É suplantado por Bale, claro, mas está lá.
ResponderEliminarP.S. - Tenho de ver este Iron Man rapidamente! O Downey Jr. é tão, tão top que irrita, lol!
é verdade, esqueço-me sempre que o Jackman tem essa pérola no meio de uma carreira desastrosa... prefiro ignorar esse facto e continuar a pisar nele! lol vai ver esse iron man já!!!!!
EliminarDestes heróis Marvel só gosto do Batman...porque é o Batman.
ResponderEliminar(Pronto e os X-men porque quando era miúda era viciada nisso)
O resto é filminho de pipoca e explosões com gajas boas em fatos colados ao corpo (nada contra), mas já não me puxa ver, muito menos pagar para ver.
Jackman é somente mau, safando-se no Prestige, mas apenas porque o filme é verdadeiramente bom. Ele continua mauzoca.
Dá uma hipótese ao Iron Man! É dos melhores filmes de pipoca que já vi! :)
EliminarTão bom, mau ou pior que Transformers?
EliminarNãoooo, muito melhor! Prometo que não vais ficar desiludida!
EliminarBatman não é Marvel! DC Comics :)
Eliminar