Realização: Pablo Berger
Argumento: Pablo Berger
Elenco: Macarena García, Maribel Verdú e Daniel Giménez Cacho
A sério? Mais uma versão da Branca de Neve? Depois daquele péssimo com a Julia Roberts e aquele péssimo com a Charlize Theron (e aquele com o ecrã todo a preto)? A sério? Mais um filme mudo e a preto e branco? Depois daquele altamente sobrevalorizado que ganhou o Óscar? A sério?
Sim, a sério. E sabem que mais? É incrível!
Pablo Berger demorou 8 anos a filmar Blancanieves. Debateu-se com problemas de orçamento, de elenco e viu o seu projecto inovador a ser ultrapassado pelo The Artist apenas pela velocidade da pós-produção. E ainda bem que assim foi. The Artist ficou com os prémios da Academia e com os "Awww's" do público de massas, enquanto Berger - esse sim - fez uma maravilhosa homenagem ao cinema mudo, ao expressionismo alemão, ao surrealismo Buñueliano, à Espanha dos anos '20, aos contos dos Irmãos Grimm e à maravilhosa cultura Ibérica! Holé!
Sobre a história não há muito para dizer. Apenas que Berger escolheu desviar-se de alguns plot points do conto original e que, com isso, ganhou o filme, ganharam os diálogos e ganhámos nós. O palco é montado na Espanha dos anos '20, no mundo das touradas. Branca de Neve - o conto - já existe, e a alcunha dada à protagonista advém dele. Mas permanece a história de amor, dos laços de sangue, dos daddy issues e da pureza a prevalecer sobre a perversão. Está lá a maçã envenenada, o beijo de despedida, os anões e a bruxa má - mas as lutas travam-se na arena, olhando o mal nos olhos, torcendo a mão à sevilhana e fazendo as pazes com o passado.
A mim, o filme ganhou-me pela realização expressionista de Wiene e Murnau, pelo cinema do grotesco, do circo, do exagero, pelos close-ups dos olhos e do seu reflexo que fariam Buñuel verter uma lágrima de apreciação. Mas sobretudo, ganhou-me pelo olhar de Antonio Villalta que me fez lembrar o meu avô, e pela menina de caracóis que me fez lembrar a minha irmã e a bebé que vem a caminho. Sei que isto não vos serve de muito, é demasiado pessoal - mas assim é o cinema.
Golpes Altos: Realização de Mestre (com M maiúsculo). A Carmencita que é uma das mulheres mais bonitas que já vi na vida. O elenco no geral e a cinematografia no particular.
Golpes Baixos: A música podia ser um bocadinho mais vanguardista ao longo do filme - parece que guardam os trunfos todos para a cena final.
Argumento: Pablo Berger
Elenco: Macarena García, Maribel Verdú e Daniel Giménez Cacho
A sério? Mais uma versão da Branca de Neve? Depois daquele péssimo com a Julia Roberts e aquele péssimo com a Charlize Theron (e aquele com o ecrã todo a preto)? A sério? Mais um filme mudo e a preto e branco? Depois daquele altamente sobrevalorizado que ganhou o Óscar? A sério?
Sim, a sério. E sabem que mais? É incrível!
Pablo Berger demorou 8 anos a filmar Blancanieves. Debateu-se com problemas de orçamento, de elenco e viu o seu projecto inovador a ser ultrapassado pelo The Artist apenas pela velocidade da pós-produção. E ainda bem que assim foi. The Artist ficou com os prémios da Academia e com os "Awww's" do público de massas, enquanto Berger - esse sim - fez uma maravilhosa homenagem ao cinema mudo, ao expressionismo alemão, ao surrealismo Buñueliano, à Espanha dos anos '20, aos contos dos Irmãos Grimm e à maravilhosa cultura Ibérica! Holé!
Sobre a história não há muito para dizer. Apenas que Berger escolheu desviar-se de alguns plot points do conto original e que, com isso, ganhou o filme, ganharam os diálogos e ganhámos nós. O palco é montado na Espanha dos anos '20, no mundo das touradas. Branca de Neve - o conto - já existe, e a alcunha dada à protagonista advém dele. Mas permanece a história de amor, dos laços de sangue, dos daddy issues e da pureza a prevalecer sobre a perversão. Está lá a maçã envenenada, o beijo de despedida, os anões e a bruxa má - mas as lutas travam-se na arena, olhando o mal nos olhos, torcendo a mão à sevilhana e fazendo as pazes com o passado.
A mim, o filme ganhou-me pela realização expressionista de Wiene e Murnau, pelo cinema do grotesco, do circo, do exagero, pelos close-ups dos olhos e do seu reflexo que fariam Buñuel verter uma lágrima de apreciação. Mas sobretudo, ganhou-me pelo olhar de Antonio Villalta que me fez lembrar o meu avô, e pela menina de caracóis que me fez lembrar a minha irmã e a bebé que vem a caminho. Sei que isto não vos serve de muito, é demasiado pessoal - mas assim é o cinema.
Golpes Altos: Realização de Mestre (com M maiúsculo). A Carmencita que é uma das mulheres mais bonitas que já vi na vida. O elenco no geral e a cinematografia no particular.
Golpes Baixos: A música podia ser um bocadinho mais vanguardista ao longo do filme - parece que guardam os trunfos todos para a cena final.
<3 :')
ResponderEliminarmariquinhas pé de salsa! :)
ResponderEliminarJá fiquei com uma lágrima ao canto do olho e ainda não vi o filme :)
ResponderEliminarBoçal este escrevinhador... Nove vidas foram tratadas como nada e torturadas até a morte lenta para a confecção deste filmeco. E o autor deste texto rebuscado em excesso por falta de conteúdo, se esvai em orgasmos de prazer com suas próprias expressões que lhe fazem acreditar, por sua própria masturbação verborreica, que seja uma entidade de inteligencia e cultura superiores. Trata-se apenas de mais um pobre coitado.
ResponderEliminarahahah muito bom!!! Trata-se portanto de um boçal narciso de verborreica masturbação? O horror... Que nos sirvam então de consolo estes alegres estranhos - de nome difícil de pronunciar - cujo válido contributo torna este blog uma plataforma de entretenimento tão mais divertida!
ResponderEliminarPS - é "até À morte lenta". Já que vai utilizar vocabulário tão galaico, ao menos ponha bem os acentos seu bufão!
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