Realização: Stefan Ruzowitzky
Argumento: Zach Dean
Elenco: Eric Bana, Olivia Wilde, Charlie Hunnam, Sissy Spacek e Kate Mara
Estamos no ano dos Neo Noirs, 'tá visto! Têm-se feito coisas giras. Dead Man Down e Welcome to the Punch representaram o seu género com excelência mas, este Deadfall... deixa um pouco a desejar. A ideia é boa, a realização é boa, as referências ao género são boas, as cenas de acção são boas - então, afinal, qual é o problema? O problema é que Deadfall é uma espécie de Benfica 2012/13 - faz um excelente campeonato mas, quando realmente é preciso vencer, nos minutos finais, nos jogos decisivos (pronto, já chega), falha redondamente!
O filme mistura dois géneros que, quando cruzados, é difícil não saírem bem - o Film Noir e o Western. Constrói os arquétipos dos géneros - o anti-herói, o anti-vilão, o fugitivo, a história de amor, o assalto - e remata com referências espectaculares como casacos de franja à la cowboy, perseguições de mota de neve filmadas como se fossem perseguições a cavalo, e as próprias personagens a trazerem à baila os mitos do velho oeste. Em tudo isto, Deadfall cumpre sem pestanejar. E passamos assim 90 minutos a achar que estamos a ver um belo filme quando, de repente, tudo se torna do mais piroso e mal interpretado possível, fazendo-nos acreditar que as coisas que anteriormente nos soaram arrojadas são afinal de mau gosto e que os actores são afinal medíocres - refiro-me a Charlie Hunnam (lembram-se dele no Green Street Hooligans?) cuja tentativa de sotaque americano se revela algo como um Quebequiano/Monguelóidês.
O realizador, Ruzowitzky, tem um nome difícil de pronunciar. Han? Ah, e tem um currículo manchado por thrillers e filmes que, de tão estrangeiros, nunca os vi e por isso não convém pôr-me a mandar bitaites. A verdade é que, ao contrário de outros realizadores vindos do norte da Europa nestes últimos anos, não me inspira confiança e não me parece que lhe vá dar outra oportunidade. Dito isto, o filme tem coisas boas e pode ser visto facilmente caso não se esteja num dia particularmente exigente, e se queira ver uns tiros e a Olivia Wilde toda nua. Ou de ligas. Ou vestida. Pronto, caso se queira ver a Olivia Wilde. Quanto a Eric Bana, apesar de ser bom actor, não está à altura do papel. A personagem é uma clara tentativa de reproduzir a personagem de Robert Mitchum no clássico The Night of the Hunter, mas sem o grip necessário - passei o filme todo a insistir que o renovado Matthew McConaughey seria uma escolha bem mais acertada.
Golpes Altos: Cruzamento de géneros bem conseguido. Ambiente "conto de fadas" interessante. Olivia Wilde. Kate Mara. Olivia Wilde.
Golpes Baixos: Clímax terrível. Charlie Hunnam. Eric Bana. Kris Kristoferson. Enfim, o elenco não é brilhante. Algum mau gosto nas cenas românticas.
Argumento: Zach Dean
Elenco: Eric Bana, Olivia Wilde, Charlie Hunnam, Sissy Spacek e Kate Mara
Estamos no ano dos Neo Noirs, 'tá visto! Têm-se feito coisas giras. Dead Man Down e Welcome to the Punch representaram o seu género com excelência mas, este Deadfall... deixa um pouco a desejar. A ideia é boa, a realização é boa, as referências ao género são boas, as cenas de acção são boas - então, afinal, qual é o problema? O problema é que Deadfall é uma espécie de Benfica 2012/13 - faz um excelente campeonato mas, quando realmente é preciso vencer, nos minutos finais, nos jogos decisivos (pronto, já chega), falha redondamente!
O filme mistura dois géneros que, quando cruzados, é difícil não saírem bem - o Film Noir e o Western. Constrói os arquétipos dos géneros - o anti-herói, o anti-vilão, o fugitivo, a história de amor, o assalto - e remata com referências espectaculares como casacos de franja à la cowboy, perseguições de mota de neve filmadas como se fossem perseguições a cavalo, e as próprias personagens a trazerem à baila os mitos do velho oeste. Em tudo isto, Deadfall cumpre sem pestanejar. E passamos assim 90 minutos a achar que estamos a ver um belo filme quando, de repente, tudo se torna do mais piroso e mal interpretado possível, fazendo-nos acreditar que as coisas que anteriormente nos soaram arrojadas são afinal de mau gosto e que os actores são afinal medíocres - refiro-me a Charlie Hunnam (lembram-se dele no Green Street Hooligans?) cuja tentativa de sotaque americano se revela algo como um Quebequiano/Monguelóidês.
O realizador, Ruzowitzky, tem um nome difícil de pronunciar. Han? Ah, e tem um currículo manchado por thrillers e filmes que, de tão estrangeiros, nunca os vi e por isso não convém pôr-me a mandar bitaites. A verdade é que, ao contrário de outros realizadores vindos do norte da Europa nestes últimos anos, não me inspira confiança e não me parece que lhe vá dar outra oportunidade. Dito isto, o filme tem coisas boas e pode ser visto facilmente caso não se esteja num dia particularmente exigente, e se queira ver uns tiros e a Olivia Wilde toda nua. Ou de ligas. Ou vestida. Pronto, caso se queira ver a Olivia Wilde. Quanto a Eric Bana, apesar de ser bom actor, não está à altura do papel. A personagem é uma clara tentativa de reproduzir a personagem de Robert Mitchum no clássico The Night of the Hunter, mas sem o grip necessário - passei o filme todo a insistir que o renovado Matthew McConaughey seria uma escolha bem mais acertada.
Golpes Altos: Cruzamento de géneros bem conseguido. Ambiente "conto de fadas" interessante. Olivia Wilde. Kate Mara. Olivia Wilde.
Golpes Baixos: Clímax terrível. Charlie Hunnam. Eric Bana. Kris Kristoferson. Enfim, o elenco não é brilhante. Algum mau gosto nas cenas românticas.
lool Gostei da analogia com o Benfica!
ResponderEliminarRealmente o fim do filme podia ter sido bem melhor e as interpretações também, mas como tu dizes a escolha dos actores não foi a melhor. Não vou comentar sobre as ligas da Olivia... xD
Ai a Olivia, a Olivia... :) Mas enfim, não odiei o filme. Vê-se bem, não é?
EliminarSim, é um filme que se vê bem e que apesar de não ser perfeito é bom entretenimento. ;)
EliminarÉ isso! Mais ou menos como vai ser o Fast and Furious 6 (sim, eu gosto de Fast and Furious!)
EliminarEu também, deixa lá! xD
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