segunda-feira, 13 de maio de 2013

Olympus Has Fallen

Realização: Antoine Fuqua
Argumento: Creighton Rothenberger e Katrin Benedikt
Elenco: Gerard Butler, Aaron Eckhart e Morgan Freeman


Lembram-se quando disse que se adivinhava um ano espectacular para os filmes de acção? Bem, há sempre uma ovelha ronhosa. Olympus Has Fallen é o que acontece quando alguém não percebe muito bem o noticiário da noite, mas tem a certeza que "aquela malta da Coreia não é flor que se cheire".

O realizador Antoine Fuqua ficou conhecido por um dos melhores policiais da história do cinema. Training Day é um grande filme, e Antoine Fuqua prometia grandeza. Mas talvez tenha levado essa promessa longe de mais, quando decide orquestrar o ataque terrorista perfeito, ao coração da democracia mundial, o Olimpo da liberdade - a Casa Branca. Ora, sendo a Casa Branca o edifício mais protegido do mundo, não era tarefa fácil organizar um ataque terrorista que não parecesse um sketch dos Monty Python. Não era fácil, e não foi. Mas Fuqua conseguiu acertar em algumas coisas.

As cenas de acção são boas, bem filmadas. O filme tem uma certa dose de ousadia e coragem que por vezes falta a bons filmes de acção, e que os poderiam tornar extraordinários. Mas depois, Fuqua perde tanto tempo a decidir como raio é que vai colocar uma data de terroristas a invadir o edifício mais protegido do mundo, que se esquece que não basta entrar, depois convém decidir o que raio é que esses terroristas querem e quem são. Aí a coisa complica. "Epah não vamos insistir nos árabes... Quem é que temos mais? Russos também não, é muito anos '80. E aquele chinês gordo que dança de uma maneira esquisita e também é ditador e tal?" - "Epah... acho que 'tamos a baralhar dois gajos..." - "Não faz mal, ninguém repara". E assim, temos uma "facção terrorista" da Coreia do Norte, metida dentro do Governo da Coreia do Sul, que quer obrigar os Americanos a abandonarem a zona desmilitarizada para que as duas Coreias possam voltar à boa velha pancada de antigamente... Espera, o quê?

Depois a isto podemos juntar um completo desrespeito por todas as regras da diplomacia e da política do mundo ocidental, quando colocam o Governo dos EUA a sacrificar a segurança do País inteiro(!) só para eles não fazerem mal ao seu Presidente (espera, o quê???).

Enfim... a coisa não correu bem. Os diálogos são horríveis, a história é uma estupidez e o ambiente é uma espécie de Die Hard, sem o Bruce Willis. Por que raio é que alguém quer um Die Hard sem o Bruce Willis?


Golpes Altos: Cenas de acção, uns certos cojones em cenas de tortura e uma certa megalomania no ataque à Casa Branca.

Golpes Baixos: A intriga, a contextualização política, os diálogos. Ah... e a Melissa Leo, que não se percebe se está constantemente alcoolizada, ou se é simplesmente uma histérica do c#$%&/(.

5 comentários:

  1. Eu gostei do filme pela sua ação. Também não esperava grande coisa do argumento, diga-se.

    Mas eles esqueceram-se duma coisa importante. No mundo tecnológico em que hoje vivemos NÃO FAZ SENTIDO fazer coisas idiotas, porque as pessoas já percebem um bocadinho das coisas. Ou seja, Cerebrus é um sistema isolado que só pode ser comandado do bunker do presidente. Sim, até é plausível. E depois? O que é que me impede de ir a cada um dos silos e cortar a ligação com o bunker?

    Outra coisa. Se ameaçam o presidente dos EUA para que sejam retiradas as tropas da Coreia e quando o fazem eles começam logo a atacar a Coreia do Sul, é de esperar que quando conseguem salvar o presidente (ou mesmo que não o conseguissem salvar) o pessoal da Coreia do Norte levasse com uns balázios dos EUA logo de seguida, não? E todos os outros países, onde estão? Ou não existe mais nenhum país no mundo?

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  2. Sim essa brincadeira do "Ah este PC é só pro sistema de vigilancia, este é só pro Cerebrus. Ah, vamos dar 3 codigos a 3 pessoas do governo que basicamente decidem a capacidade de resposta militar a qualquer ameaça externa... O quê???" lolol Granda palhaçada... E sim, a não interferência dos outros países é a cereja no topo do bolo... Enfim, demasiados loose ends!

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  3. Essa do Die Hard passou-me pela cabeça durante o filme! Tal e qual.

    Comparado com isto, o Shooter é um filmaço... E aqueles diálogos? Quem escreveu esse lixo? Tem pormenores muito interessantes ao nível da acção e acho completamente iconoclasta a premissa da invasão, de uma maneira saudável que os americanos nunca fazem.

    Posto isto, muito respeito para o Stallone e Bruce que faziam filmes maus passar por decentes, com metade da palhaçada deste. Um abraço para a equipa de CGI, que completou algumas punchlines da anedota que os personagens estavam a contar. Bem haja ao Morgan, a idade é um cargo, mas aceitou bem a despromoção de "Deus" para presidente e afins - tal como o Cavaco desligo quando aparece no ecrã.

    É um daqueles que nunca mais acaba, por isso é bom para quem vai ao cinema com a namorada e ainda estão muito apaixonados. Só uma última recomendação: usem protecção! Que de 10 euros mal empregues já não se safam.

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    1. Epah é verdade, o Shooter não é um mau filme (e comparado com este até parece bom).

      Amen! Morgan Freeman, vai morrer longe!

      Agora muito a sério.. JURO que a meio do filme lembrei-me que há uns anos atrás, era este o tipo de filme que me levaria a chegar à "second base" com uma miúda. Chato, comprido e barulhento!

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  4. Fogo um gajo vive aqui em Angola passo um bom tempo no PC , mas nunca me canso de ler sites fixes em português-portugal e comentários do mesmo jeito. hahahahahaha

    Die Hard e whatever , hahahahahaha kkkk

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