Realizador: M. Night Shyamalan
Argumento: Will Smith e M. Night Shyamalan
Elenco: Will Smith, Jaden Smith
O pai ensina-o a respirar, ensina-o a pensar. Pede-lhe que se ajoelhe, que se acalme - 'Fear is not real. The only place where fear can exist is in our thoughts of the future. It is a product of our imagination, causing us to fear that which does not at present and may not event exist. That is near insanity'. Esta é a lição principal de um filme que é feito para nos ensinar, ou relembrar, de alguns ensinamentos importantes e aquilo de que somos feitos. O filho tenta provar-se a um pai cujos feitos não dão espaço para outro homem em casa. Não é fácil, envolverá uma separação - para que o filho cresça, o pai terá que o largar, guiá-lo à distância - pelas estrelas.
After Earth é um filme sobre crescimento, e o próprio filme parece crescer com o tempo. Depois de um começo fraco, pouco claro acerca de si mesmo, deixando-nos a temer pelo pior, inicia-se uma bonita fábula que, ainda que bem ao estilo de M. Night Shyamalan, consegue limpar o cadastro do seu último flop 'The Last Airbender'. Para muitos, este não foi o único erro do realizador que prometia ser o próximo Hitchcock. Os seus espectadores mais criticos odiaram 'Lady in the Water' e 'The Happening'. Eu discordo.
Acho que percebo M. Night. Percebo o que ele quer fazer com a sua carreira, percebo o papel que está a tomar como realizador. Shyamalan está a construir um fabulário. Começou com 'Signs', em que nos ensina sobre a fé, o perdão e o destino. Passou para 'The Village', onde nos ensina sobre a bondade, a inocência e o que significa protegê-la. Em 'Lady in the Water', consolidou na perfeição uma fábula para crianças com um ensaino acerca de cinematografia e guionismo - para mim, é um dos seus melhores filmes e uma verdadeira obra de arte. Agora, com After Earth, o fabulário continua.
Desta vez, Shyamalan junta-se a Will Smith e cria uma história fabulosa acerca da coragem, do medo, da esperança e do que significa proteger e criar. Uma águia protege as suas crias e mais tarde protege Kitai (Jaden Smith) como se o seu próprio pai nela se materializasse. A águia morre, mas ensina-lhe uma lição. O planeta terra foi destruído por nós, e isso ensina-nos uma lição. Kitai quer dizer esperança em Japonês e o salto que Kitai dá da montanha, em desafio às ordens do pai, é um salto de fé. After Earth não é uma obra de arte, não é um filme perfeito - é uma história que promete ensinamentos a crianças e a adultos, e estou certo que cumprirá o seu propósito.
Golpes Altos: Um argumento sólido, alguns momentos de realização bonitos e fiéis ao estilo do realizador.
Golpes Baixos: Ainda que considere Jaden Smith uma promessa de Hollywood, acho que ainda não ganhou estatuto para ter um filme centrado nele. Não tem idade para ser a voz-off de um filme desta dimensão. Quanto a M. Night, deixa um pouco a desejar nos momentos mais introdutórios do filme, em que o suspense e a fantasia não têm lugar.
Argumento: Will Smith e M. Night Shyamalan
Elenco: Will Smith, Jaden Smith
O pai ensina-o a respirar, ensina-o a pensar. Pede-lhe que se ajoelhe, que se acalme - 'Fear is not real. The only place where fear can exist is in our thoughts of the future. It is a product of our imagination, causing us to fear that which does not at present and may not event exist. That is near insanity'. Esta é a lição principal de um filme que é feito para nos ensinar, ou relembrar, de alguns ensinamentos importantes e aquilo de que somos feitos. O filho tenta provar-se a um pai cujos feitos não dão espaço para outro homem em casa. Não é fácil, envolverá uma separação - para que o filho cresça, o pai terá que o largar, guiá-lo à distância - pelas estrelas.
After Earth é um filme sobre crescimento, e o próprio filme parece crescer com o tempo. Depois de um começo fraco, pouco claro acerca de si mesmo, deixando-nos a temer pelo pior, inicia-se uma bonita fábula que, ainda que bem ao estilo de M. Night Shyamalan, consegue limpar o cadastro do seu último flop 'The Last Airbender'. Para muitos, este não foi o único erro do realizador que prometia ser o próximo Hitchcock. Os seus espectadores mais criticos odiaram 'Lady in the Water' e 'The Happening'. Eu discordo.
Acho que percebo M. Night. Percebo o que ele quer fazer com a sua carreira, percebo o papel que está a tomar como realizador. Shyamalan está a construir um fabulário. Começou com 'Signs', em que nos ensina sobre a fé, o perdão e o destino. Passou para 'The Village', onde nos ensina sobre a bondade, a inocência e o que significa protegê-la. Em 'Lady in the Water', consolidou na perfeição uma fábula para crianças com um ensaino acerca de cinematografia e guionismo - para mim, é um dos seus melhores filmes e uma verdadeira obra de arte. Agora, com After Earth, o fabulário continua.
Desta vez, Shyamalan junta-se a Will Smith e cria uma história fabulosa acerca da coragem, do medo, da esperança e do que significa proteger e criar. Uma águia protege as suas crias e mais tarde protege Kitai (Jaden Smith) como se o seu próprio pai nela se materializasse. A águia morre, mas ensina-lhe uma lição. O planeta terra foi destruído por nós, e isso ensina-nos uma lição. Kitai quer dizer esperança em Japonês e o salto que Kitai dá da montanha, em desafio às ordens do pai, é um salto de fé. After Earth não é uma obra de arte, não é um filme perfeito - é uma história que promete ensinamentos a crianças e a adultos, e estou certo que cumprirá o seu propósito.
Golpes Altos: Um argumento sólido, alguns momentos de realização bonitos e fiéis ao estilo do realizador.
Golpes Baixos: Ainda que considere Jaden Smith uma promessa de Hollywood, acho que ainda não ganhou estatuto para ter um filme centrado nele. Não tem idade para ser a voz-off de um filme desta dimensão. Quanto a M. Night, deixa um pouco a desejar nos momentos mais introdutórios do filme, em que o suspense e a fantasia não têm lugar.
Em principio devo ir ver este no Domingo. Porque é que achas que tem uma cotação tão baixa no IMDB ?
ResponderEliminarEpah pois, não sei... O filme é bonito de uma forma às vezes inocente e isso pode parecer foleiro à maioria das pessoas. A mim não pareceu. Mas ainda me choca mais as cotações dadas à Lady in the Water que eu adoro ou ao The Happening que para mim é um filme digno de Hitchcock. Sinceramente, já percebi que o Shyamalan é um mal-amado de Hollywood e das grandes audiências. Eu gosto dele e acho-o extremamente talentoso. Mas sobretudo, acho-o fiel a ele mesmo e ao papel que decidiu desempenhar na área. É um contador de histórias despretensioso e com um talento extraordinário para o suspense. Dito isto, quero que vão ver e me venham dizer o que acharam :)
Eliminar"Mas ainda me choca mais as cotações dadas à Lady in the Water que eu adoro ou ao The Happening que para mim é um filme digno de Hitchcock."
EliminarEu já percebi é que tu reges-te por uma bússula diferente do resto da malta...looooool
Não vi o Lady in the Water, mas achei piada ao The Happening (não sendo um filme espetacular).
Gostei do Signs, embora tenha achado parvo a cena dos ETs serem afetados pela água.
What the fuck??? Um alien é afetado pela água e vem para um planeta COBERTO de água?? LOL
Pronto, acho que é também por isso que ninguém gostou do After Earth. Os filmes do Shyamalan não podem ser dissecados do ponto de vista racional - questão dos ET's e da água. Têm que ser vistos de uma forma um bocado mais inocente e entendidos como lições bonitas e tecnicamente bem conseguidas. Se fores uma pessoa muito analítica, desaconselho-te o After Earth e desaconselho-te MESMO o Lady in the Water. São ambos filmes que apontam ao Peter Pan que vive dentro de nós. Temos que deixar o cinismo da idade de parte e ver os filmes com o coração aberto. Apesar de, no caso da Lady in the Water, o filme ser também, como disse no texto, uma autêntica lição de guionismo com referências espectaculares. mas isso fica para quem as apanha.
EliminarEu posso rever, por exemplo, o Signs com uma mente menos analítica, se for preciso e tentar apreciar a lição que está por trás da história. Mesmo assim, a história não me parece tão bem conseguida assim que me puxe tanto para me fazer acreditar que a fé do Mel Gibson voltou daquela forma. A história em si não me faz acreditar no que eles querem que eu acredite.
EliminarNão sei se me expliquei bem.
Claro e isso é perfeitamente justo. A mim o filme fez-me coisas incríveis. Suponho que isso já seja completamente subjectivo...
EliminarPorque não voltamos aos dois primeiros filmes da carreira dele? O primeiro um estrondo, o segundo bom.
ResponderEliminarÉ porque sem dúvida são as obras mais conseguidas de Shyamalan.
Cuidado que ele adora a gaja da piscina!!
EliminarEu até gosto até à Vila, depois a carreira dele acabou. Mas dou mérito a um gajo que reinventou muita coisa...
Para mim o Sexto Sentido está longe de ser o melhor. Apesar de gostar muito dele, é dos que eu gosto menos. O melhor é o Signs, a seguir o Lady in the Water, a seguir o Unbreakable, a seguir o Sexto Sentodp, The Happening, The Village e After Earth. Mas sei que a minha ordem não é partilhada por mais ninguém lol A verdade é que não consigo perceber como é que o Lady in the Water não é considerado uma obra-prima. Não sei se o problema é meu ou do resto do mundo (teoria do gajo que vai ao contrário na via rápida e acha que os outros são todos malucos).
EliminarAinda não vi este filme, mas em relação ao M. Night, parece-me que é pouco respeitado no seu meio e pelo público em geral por se ter tornado numa espécie de paródia dele próprio, 'o gajo dos plot twists'. Acho que toda a sua carreira é dedicada a tentar igualar o sucesso e a surpresa do Sexto Sentido.
ResponderEliminarMas, atenção, respeito o facto de ele ser um realizador que faz o que quer fazer, com a sua própria visão e a sua própria assinatura. Quando vemos um filme do M. Night, sabemos que estamos a ver um filme do M. Night, gostando-se ou não do autor e do seu trabalho.
Acho que o Sexto Sentido e os seus plot twists é um lado do M Night, mas não é o único. O único filme que vai pelo mesmo caminho do plot twist é o The Village, todos os outros são abordagens diferentes... E, para mim, melhores.
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