quarta-feira, 17 de julho de 2013
Warm Bodies
Realizador: Jonathan Levine
Argumento: Jonathan Levine, Isaac Marion (Romance)
Actores: Nicholas Hoult, Teresa Palmer, Analeigh Tipton, John Malkovich
Receita: Pega-se numa moda, mistura-se com um clássico eterno e outro relativamente moderno. Resultado? Warm Bodies! Este filme é uma mistura de Zombies com o Romeu e Julieta passando por alguns (muitos) momentos de Eduardo Mãos de Tesoura. Como é possível correr mal?
O Realizador trouxe-nos em 2011 o fantástico 50/50 onde, mais uma vez, dá uma perspectiva diferente de um tema habitualmente abordado com ferramentas bem diferentes. O resultado foi excelente. E agora?
Em Warm Bodies o risco é brutal... O Realizador assume-o e sai por cima precisamente por não pensar que está a arriscar seguindo o seu argumento com uma coragem que me conquistou desde o início.
O filme enquanto não desvenda a história principal vive de pormenores e detalhes fantásticos... Amei a narração inicial, a forma como um Zombie explica o que é uma vida de Zombie, o dia-a-dia, o aborrecimento, os outros iguais a ele, a frieza, a falta de diálogo, a falta de vida... Depois cruzamo-nos com os vivos e esta mistura é a chave do filme, a forma como se ligam, se entendem e como juntos mudam o mundo. Pirosada? Em qualquer outro filme sim, seria... Neste não!
Entretenimento puro, muito bem conseguido e muito bem escrito. Este filme simples e pouco sério tem mais cuidado com pormenores e com o argumento que grandes produções que se levam demasiado a sério e que assumem à partida que vão ter bons resultados. Atenção, está longe de ser um grande filme... mas arrisco dizer que qualquer pessoa que o veja vai gostar e vai passar uma excelente hora e meia. Isto não é um sinal de sucesso?
Dois actores vindos de filmes menores que aqui mostram um profissionalismo inesperado. A maravilhosa Teresa Palmer que entrou em coisas como o The Grudge e o surpreendente Nicholas Hoult que é nada mais nada menos que o puto insuportável do About a Boy. Muito boa química, ele melhor que ela mas ambos bem na fotografia.
Warm Bodies é o tipo de filme que me leva a acreditar que o Cinema continua a ter muito para dar, desde que se consiga safar do novelo que por vezes o envolve e que não deixa que se arrisque um pouco mais.
Golpes Altos: O Argumento! Os detalhes e a personagem do Zombie. A BANDA SONORA!
Golpes Baixos: A cena do salto para o Lago... Que horror! A qualidade dos FX (mas o budget não deu para mais!).
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Obrigado por não te teres esquecido de referir que o puto do About a Boy é das coisas mais irritantes de sempre. Mas aqui nem parece o mesmo.
ResponderEliminarFaltou-te falar da banda sonora que é espectacular! Black Keys com zombies!
E faltou-te ser mais sincero na avaliação da Teresa Palmer... eu sei o que é que esteve presente na tua cabeça durante o filme todo, e não foi o adjectivo "maravilhosa" :P
O puto é insuportável!!!!
EliminarA banda sonora foi uma falha incrível, ainda por cima passei o filme a comentá-la...
Quanto à Palmer...enfim...
Também já vinha mandar vir, por não teres incluído nos golpes altos a banda sonora.
ResponderEliminarMais uma aqui a achar que a banda sonora é um ponto alto do filme! :)
ResponderEliminarFoi sem dúvida um filme que me surpreendeu pela positiva! É daqueles filmes que se pensa "mais outra paixoneta entre adolescente e "qualquer ser estranho"", mas no final o filme está feito de forma tão boa que nos deixa com a sensação de "afinal o filme é muito diferente do que tenho visto até agora"! :)
Eu fartei-me de rir durante o filme e adorei-o.
ResponderEliminarO argumento é das melhores coisas que foram escritas nos últimos tempos. Também pensei que o filme fosse ser uma charupada, mas enganei-me completamente.
Já meti a BANDA SONORA! Corrigir! Corrigir!
ResponderEliminarLOLOL abusaste
EliminarComecei a ver este filme sem expectativa nenhuma, a contar deixá-lo a meio se fosse uma coisa muito Twilight, mas a verdade é que se revelou uma surpresa agradável. Gostei de como o monólogo inicial define logo o tom do filme, mostrando desde o início o sentido de humor de um filme que não se leva demasiado a sério, o que, na minha opinião, é o truque necessário para fazer com que um filme destes (que tinha todos os ingredientes para ser uma pirosada sentimental) não caia no ridículo.
ResponderEliminarE os monólogos do zombie... lol!
"Don't be creepy. Don't be creepy."
Fui vê-lo com convite para ante-estreia, sem elevadas expectativas, mas superou-as mesmo!! Nunca me tinha rido tanto no cinema, não estava à espera daqueles monólogos e das tentativas de diálogo (em jeito grunhido) entre os zombies xD Recomendo para quem está a precisar de uma boa hora e meia :D
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