Realização: Brian De Palma
Argumento: Brian De Palma
Elenco: Rachel McAdams e Noomi Rapace
Por vezes, é difícil distinguir méritos na concepção de um filme. Onde acaba o trabalho de um realizador e começa o de um cinematógrafo? Será que os actores são mesmo bons ou é a direcção que os safa? O argumento é espectacular ou parece melhor pela forma como o realizador o conduz? Bem, como resposta a todas estas perguntas, chega-nos o mais recente filme de Brian De Palma. O realizador responsável por Scarface e The Untouchables andava afastado do grande ecrã há mais de cinco anos - agora percebe-se porquê.
Vou ser breve, porque este filme não merece grande análise. O que De Palma fez aqui, foi agarrar em duas actrizes de alto gabarito, uma boa história, uma excelente banda sonora, e fazer um cagalhão de filme que se torna quase insuportável de ver até ao fim. Foi horrível. Houve alturas em que pensei que não ia aguentar mais, que teria de me desculpar neste post pela impossibilidade de criticar uma obra cujo final era para mim desconhecido. Mas consegui. Superei todos os obstáculos colocados por De Palma até para o mais bem aventurado espectador.
A história anda à volta de várias obsessões sexuais entre colegas de trabalho. Chefes que querem comer secretárias que querem comer executivas que querem comer um gajo que anda lá p'ró meio sabe Deus a fazer o quê. A única coisa que parece não acontecer naquele escritório, é trabalho. Os protagonistas estão única e exclusivamente preocupados em serem vendados e colocarem máscaras e beberem champagne. Estou interessado, para onde é que mando currículo? Bom, provavelmente para lado nenhum. O conhecimento que De Palma tem do mundo empresarial é semelhante ao conhecimento que tem da mente humana, das relações ou de como se faz um filme - zero!
E, quando achamos que o filme não pode estar mais mal feito, as actrizes não podem estar pior e a sincronização dos planos com a música sabe a amadorismo de um estudante de cinema da Reboleira, eis que o filme desata numa sucessão de twists e plot points absolutamente ridículos que, vejam bem, até mete uma gémea má no fim. De Palma, não me faças perder mais o meu tempo - principalmente se vais fazer um filme "sexy" com lesbianismo em que não se vê absolutamente NADA! Só por causa disso, vou voltar a ver o Black Swan, para não me esquecer de como se faz um bom filme e uma boa cena de lésbicas.
Golpes Altos: A música de Debussy - Prélude à l'Après-midi d'un faune. E uma cena ou outra em que Rachel McAdams sobrevive á péssima realização de De Palma e nós reparamos que ela é boa actriz.
Golpes Baixos: A realização, a realização, a realização.
Argumento: Brian De Palma
Elenco: Rachel McAdams e Noomi Rapace
Por vezes, é difícil distinguir méritos na concepção de um filme. Onde acaba o trabalho de um realizador e começa o de um cinematógrafo? Será que os actores são mesmo bons ou é a direcção que os safa? O argumento é espectacular ou parece melhor pela forma como o realizador o conduz? Bem, como resposta a todas estas perguntas, chega-nos o mais recente filme de Brian De Palma. O realizador responsável por Scarface e The Untouchables andava afastado do grande ecrã há mais de cinco anos - agora percebe-se porquê.
Vou ser breve, porque este filme não merece grande análise. O que De Palma fez aqui, foi agarrar em duas actrizes de alto gabarito, uma boa história, uma excelente banda sonora, e fazer um cagalhão de filme que se torna quase insuportável de ver até ao fim. Foi horrível. Houve alturas em que pensei que não ia aguentar mais, que teria de me desculpar neste post pela impossibilidade de criticar uma obra cujo final era para mim desconhecido. Mas consegui. Superei todos os obstáculos colocados por De Palma até para o mais bem aventurado espectador.
A história anda à volta de várias obsessões sexuais entre colegas de trabalho. Chefes que querem comer secretárias que querem comer executivas que querem comer um gajo que anda lá p'ró meio sabe Deus a fazer o quê. A única coisa que parece não acontecer naquele escritório, é trabalho. Os protagonistas estão única e exclusivamente preocupados em serem vendados e colocarem máscaras e beberem champagne. Estou interessado, para onde é que mando currículo? Bom, provavelmente para lado nenhum. O conhecimento que De Palma tem do mundo empresarial é semelhante ao conhecimento que tem da mente humana, das relações ou de como se faz um filme - zero!
E, quando achamos que o filme não pode estar mais mal feito, as actrizes não podem estar pior e a sincronização dos planos com a música sabe a amadorismo de um estudante de cinema da Reboleira, eis que o filme desata numa sucessão de twists e plot points absolutamente ridículos que, vejam bem, até mete uma gémea má no fim. De Palma, não me faças perder mais o meu tempo - principalmente se vais fazer um filme "sexy" com lesbianismo em que não se vê absolutamente NADA! Só por causa disso, vou voltar a ver o Black Swan, para não me esquecer de como se faz um bom filme e uma boa cena de lésbicas.
Golpes Altos: A música de Debussy - Prélude à l'Après-midi d'un faune. E uma cena ou outra em que Rachel McAdams sobrevive á péssima realização de De Palma e nós reparamos que ela é boa actriz.
Golpes Baixos: A realização, a realização, a realização.
Fui ver. Só a minha teimosia me fez ter o rabo sentado naquela sala de cinema. Não sei de qual das personagens gostei menos, como qualificar aquele final, o que dizer da escolha daquele actor. Achei que seria daqueles filmes que ainda ia ter de ver receber boas criticas, mas parece que é unânime.
ResponderEliminarNão tenciono ver, achei o trailer desde logo enfadonho, explora a sensualidade e as fantasias numa tentativa fraca de joguinho do não-sei-quem-anda-a-brincar-com-quem, mas, ao contrário de ti, não considero a Rachel boa actriz, é mediana e nota-se a dificuldade em fazer este papel, especialmente no girl-on-girl.
ResponderEliminarIsto consigo dizer só pelo trailer, quanto mais ver o filme....
Eu acho-a boa actriz. Gostei dela no Red Eye, no Notebook, no Midnight in Paris e (wait for it) no Mean Girls. Acho que ela é talentosa e tem uma boa postura. Tanto ela como Noomi Rapace já provaram conseguir fazer coisas boas e neste filme estão as duas terríveis. Culpo o De Palma por isso.
ResponderEliminarCM: Esqueci-me de falar no actor. Quem é aquele gajo? Só podem estar a brincar comigo...
A Noomi Rapace já provou no Alien, aquela merda de prequela, que é das piores actrizes que aí andam. Aguenta-se no Homens que odeiam as mulheres porque a personagem não tem expressão facial nenhuma.
ResponderEliminarDiscordo. Acho que ela vai bem no Prometheus e acho que vai mesmo muito bem no Millenium e no Dead Man Down.
Eliminarn.d.r. - Ninguém vai bem no Prometheus. Talvez só Fassbender vá menos bem, porque é um actor FENOMENAL. Os outros vão todos mal e horrivelmente mal.
ResponderEliminarE a culpa não é deles, está relacionado com o facto de Prometheus ser a pior obra da carreira de Ridley Scott e uma das piores películas que saíram de Hollywood nos últimos tempos.
O próprio criador dum mito esteve pertíssimo de destruir a maravilha que havia construído. E só não o conseguiu devido ao tal carácter mitológico de O 8º Passageiro.
Atenção! Eu odiei o Prometheus! Quando digo que "vai bem" quero dizer que não reparei que a actuação dela tivesse alguma coisa a ver com a desgraça do filme.
EliminarOk, entendi-te, lol!
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