terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Take This Waltz


Realizadora: Sarah Polley
Argumento: Sarah Polley
Actores: Michelle Williams, Seth Rogen, Sarah Silverman

Como é que se percebe que a maior parte da carreira da Sarah Polley foi feita como actriz? Pela importância que dá aos actores neste filme... A narrativa centra-se a 100% nos personagens que ela própria criou e o filme é deles. Que dizer sobre isso? Ainda bem que assim é...

Um filme que se percebe logo de início ser diferente. Um filme sobre casamento, um filme sobre presente e futuro, um filme que coloca tudo em causa e que não resiste a dar-nos uma bela lição de vida. Podia ser presunçoso mas é lógico demais para o acharmos.

Na verdade a história é simples... Um casamento brincalhão onde 2 grandes amigos se amam é ameaçado por uma 3ª pessoa que personaliza aquilo que normalmente cria problemas nas relações: a novidade. Margot (Michelle Williams) sente-se atraída pela novidade e decide descobrir um pouco mais enquanto o seu marido Lou (Seth Rogen, que está fortíssimo!) continua envolvido nas suas receitas de frango.

O filme desenrola-se com momentos previsíveis e outros não tanto, o cuidado da realização da Sarah Polley toma por vezes proporções mais artísticas onde ela se "perde" em estética. Mas guess what? Nunca é presunçosa, nunca se esquece da história e, acima de tudo, nunca se esquece que a narrativa vive dos actores. 

A aparição da Sarah Silverman é fantástica e o diálogo que tem com a Margot na sua última cena, é o mais importante do filme, como disse, uma excelente comparação que nos serve de lição.

Este filme é mesmo uma excelente surpresa, das melhores que tive ultimamente.


"New things are shinny"
"New things get old..."


Golpes Altos: Actores, Realização, Narrativa simples e a facilidade com que nos identificamos com momentos da história.

Golpes Baixos: Full-Frontal excessivo principalmente da Sarah Silverman que tem um corpo mais feio que o de um homem! 


PS: A cena à mesa da Margot com o Luke Kirby (a novidade) é histórica! 

5 comentários:

  1. Concordo! Já o vi há algum tempo e adorei.
    O Luke Kirby é uma novidade mas acho que se safou bastante bem no papel! :)

    PS: A cena à mesa está muito bem conseguida e gostei da serenidade com que os actores a fizeram, no fundo está ali a começar algo tão intenso mas que sai de uma forma tão natural que é fantástico. :)

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  2. Sim, uma boa novidade!
    Mas o Seth Rogen é mesmo um gajo que admiro muito, com uma naturalidade gritante consegue ser sempre muito capaz.
    Já ela, por vezes irrita-me e o papelão no Blue Valentine é destruidor... Esse filme é uma violência.


    PS: Sim, aquilo está mesmo a acontecer... e ela nessa cena está fantástica.

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  3. O Seth Rogen é daqueles actores por quem ao início não dava mesmo nada, mas que acabou por me surpreender. :)
    E por falar em Seth Rogen, se ainda não viste o 50/50 tens de ver! ;)

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  4. CLARO que já vi, vi no cinema logo logo.

    Boa dupla essa, o 3º calhau fez-se um homenzinho!

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  5. O filme é agradável, numa narrativa completamente deixada nos braços dos actores.
    Gostava que a resolução fosse diferente e que a própria lição do filme também. Que ela ficasse com o marido e que as consequências disso nos levassem para cenas com matizes mais sombrias, quase depressivas. Mesmo tendo um possível final redentor.
    Mas isto já sou eu num exercício condicional estéril, sobre o que gostava que fosse e não me debruçando apenas e só pelo que foi realmente.
    No fundo, é aquilo que disse ao início: é um filme agradável, que nos faz pensar sobre o amor e as mais variadas formas de senti-lo e expressá-lo, a irritante constância, o tédio, a tremideira de quem se sente tentado por algo novo e apetecível. Mas sempre duma forma plácida demais, lírica demais, até nonsense demais. É uma película em registo "la, la, la", com as quais na maioria dos casos tenho dificuldades em lidar - ei, eu sou o gajo que não gostou de Le fabuleux destin d'Amélie Poulain e acha La vita è bella uma aberração do cinema.

    P.S. - O Luke Kirby é mediano no papel (embora me pareça sempre um "Luke Perry versão 2013"), a Sarah Silverman é fulcral naquele diálogo filme e a Michelle Williams é quem sustenta o filme em grande parte do mesmo. Há ali uma mistura de fragilidade, melancolia e sensualidade que resulta. E começa a resultar em vários filmes.
    Já o Seth Rogen é um não-actor. Caminha a passos largos para ódiozinho de estimação.

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